As políticas da luz a partir de Iluminai os Terreiros (2006)

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22475/rebeca.v8n2.619

Palavras-chave:

cinema, luz, estética, política,

Resumo

De que maneira o cinema e as artes visuais possibilitam a invenção de outras formas de ocupar e imaginar os espaços urbanos? Neste artigo, buscaremos modos de responder a essa questão a partir da análise do filme Iluminai os Terreiros (2006), de Nuno Ramos, Eduardo Climachauska e Gustavo Moura. No filme, os artistas registraram expedições noturnas em periferias do Brasil onde lanternas gigantes foram postas performaticamente. Dar a ver esses lugares marginais do interior ou do subúrbio. A partir do estudo da obra, pretendemos demonstrar como determinadas produções artísticas têm a capacidade, através de mediações luminosas, não apenas de interferir nos modos de visibilidade de certos territórios como também de suscitar novos modos de ocupação, de vivência e de (re)invenção desses espaços. Para tal, buscaremos assinalar a dimensão política da luz, na medida em que ela participa, como argumentaremos, da partilha do sensível entre indivíduos e espaços – uma partilha entendida, aqui, desde a perspectiva de Jacques Rancière (2009). Assim, nos perguntaremos: de que forma a luz teria capacidade de produzir não apenas visibilidades, mas também invisibilidades? De que forma obras de arte teriam capacidade de interferir na partilha do sensível?

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Biografia do Autor

Antoine d Artemare, PPGCOM- ECO (UFRJ) ESPM (RJ)

Antoine d´Artemare é cineasta-pesquisador com experiência na área de audiovisual e de cinema. Atua como diretor, diretor de fotografia e colorista. É formado em cinema pela École BTS Audiovisuel de Boulogne (Boulogne, 2006) e pela École Nationale Supérieure des Métiers de L´image et du Son (ENSMIS-La Fémis, Paris, 2010/ revalidado Comunicação UFRJ). É mestrando em Comunicação e Cultura na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), na linha Tecnologia da Comunicação e Estética. Atualmente leciona como professor de direção de fotografia da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM-RJ).

Pedro Urano, EBA (UFRJ)

Cineasta e artista visual. Mestre em História das Ciências, das Técnicas e Epistemologia pela UFRJ. Doutorando em Linguagens Visuais na EBA-UFRJ. Diretor dos longas Estrada Real da Cachaça (melhor documentário nos festivais do Rio e Mar del Plata) e HU (melhor doc nos festivais de Tiradentes e Monterrey/MX) e da série para tv Inhotim Arte Presente (2018). Colaborador de artistas como Tunga, Lilian Zaremba, Laura Erber, Jonathas de Andrade, Daniel Steegman e Thiago Rocha Pitta. Coeditor da Revista Carbono (www.revistacarbono.com).

 

Filmmaker and visual artist. Master degree in History of Sciences, Technics and Epistemology (UFRJ). PhD student in Visual Languages (School of Fine Arts, UFRJ). Director of the features Royal Road of Cachaça (Best documentary at Rio de Janeiro International Film Festival and Mar del Plata IFF, Argentine), HU Enigma (Best doc at Tiradentes FF and Monterrey IFF /Mexico) and of the tv series Inhotim Arte Presente (2018). Collaborator of visual artists Tunga, Lilian Zaremba, Laura Erber, Jonathas de Andrade, Daniel Steegman e Thiago Rocha Pitta. Co-editor of Carbono art & science Journal (www.revistacarbono.com).

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Publicado

2020-04-27

Edição

Seção

Temáticas Livres