TELAS MIGRANTES: UMA GEOGRAFIA URBANA DAS SALAS DE EXIBIÇÃO COMERCIAL NO BRASIL DO SÉCULO XXI.

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22475/rebeca.v9n1.622

Palavras-chave:

Geografia do cinema, exibição cinematográfica, sala de cinema.

Resumo

Este escrito apresenta uma contribuição da geografia ao entendimento do processo de fechamento das salas de cinema de rua vivido no Brasil especialmente entre as décadas de 1980 e 1990 e sua migração para as grandes cidades no formato multiplex. A imposição tecnológica da reformulação arquitetônica das salas correspondeu à sua concentração territorial em mercados aglomerados e mais lucrativos que as pequenas cidades da imensidão interiorana brasileira. Mas esta questão não explica-se unicamente a partir da transição tencológica - trata-se de uma questão urbana. A existência de salas de cinema de rua encontra sentido na configuração social da cidade moderna brasileira típica da primeira metade do século XX, quando as ruas ainda apresentavam-se como espaços de encontro. Entendemos que esta migração das salas do interior para as grandes cidades e das ruas para os shoppings impactou o que se assiste e quem assite ao cinema no Brasil. Note-se que a localização geográfica das salas comerciais de exibição acompanha o mapa do desenvolvimento regional brasileiro, o que reproduz-se também na escala intra-urbana. O presente artigo demonstra como articulamos a dimensão da exibição cinematográfica comercial de filmes brasileiros pensada a partir da história de nosso desenvolvimento territorial e urbano.

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Biografia do Autor

Renata Rogowski Pozzo, Universidade do Estado de Santa Catarina

Doutora em Geografia pela UFSC, Professora do Departamento de Geografia e do Programa de Pós-graduação em Planejamento Territorial e Desenvolvimento Socioambiental da UDESC.

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Publicado

2020-08-09

Edição

Seção

Dossiê