Leituras de Santiago a partir da crítica cinematográfica

Autores

  • Suéllen Rodrigues Ramos da Silva
  • Luiz Antonio Mousinho

DOI:

https://doi.org/10.22475/rebeca.v4n2.142

Palavras-chave:

Santiago, crítica cinematográfica, cinema, documentário.

Resumo

Neste artigo, observamos de que modo indivíduos da chamada “audiência especializada” reagem à complexidade narrativa do documentário Santiago (2007), de João Moreira Salles, e como interpretam, discutem e retratam as escolhas do realizador na concepção do referido texto fílmico. Para tanto, analisamos dez textos de crítica cinematográfica, partindo da visão de Braga (2006), segundo a qual a crítica veiculada no âmbito jornalístico é um dos elementos mais visíveis dos processos de circulação interacional de sentidos e estímulos produzidos diante de produtos midiáticos, apesar de não ter prevalência sobre os comentários advindos de outros dispositivos do “sistema de resposta social”. No exame das críticas selecionadas, notamos como característica predominante a “análise de conteúdo” (PENAFRIA, 2009), na qual os críticos partem do documentário enquanto relato para a realização de uma leitura centrada, em especial, na identificação temática. Vistos em conjunto, tais textos, entretanto, podem ser um auxílio para o aprofundamento de reflexões sobre o filme de Salles, e o próprio gênero documental, isto no tocante a dados como a opção pelo uso da narração e questões relativas ao personagem em produções do cinema de não-ficção. A compilação de críticas apresenta também uma diferenciação não só de juízos de valor sobre a obra, mas em nível de aprofundamento, linguagem, extensão e público para o qual são direcionadas, além de permitir que ratifiquemos outra posição de Braga, a necessária ampliação de circulação, alcance e disponibilidade de produções crítico-interpretativas em benefício da formação do espectador.

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Publicado

2016-07-25

Edição

Seção

Temáticas Livres