“A PELE QUE HABITO” E A BIOTECNOLOGIA: ANÁLISE FÍLMICA DE UMA ONTOLOGIA INDETERMINADA

Autores

  • Fabio Zoboli
  • Josineide de Amorim Santos
  • Renato Izidoro da Silva
  • Elder da Silva Correia

DOI:

https://doi.org/10.22475/rebeca.v4n2.187

Palavras-chave:

Corpo, Biotecnologia, Análise fílmica, Filme “A pele que habito”, Pedro Almodóvar.

Resumo

O presente texto objetivou realizar uma análise do filme “A pele que Habito”, ficção dirigida pelo cineasta espanhol Pedro Almodóvar, no sentido de auxiliar na compreensão de algumas questões relativas ao recorte temático e contextual contemporâneo da biotecnologia ligada ao corpo em seus aspectos fundamentais da ontologia humana. O filme analisado apresenta questões inquietantes no que tange à manipulação do corpo pela tecnologia na modernidade, na medida em que rompe com os limites ontológicos conhecidos entre natural/artificial colocando em cheque a seu fundamento na experiência humana. Como método de pesquisa foi utilizada a análise fílmica, respeitando as fases de decomposição e reconstrução. Os dados foram organizados a partir de duas categorias: a primeira diz respeito à “pele”, analisada segundo duas subcategorias denominadas “potencialização da pele” e “transgenese”; e a segunda categoria, intitulada “mudança de sexo”, investigada mediante as subcategorias: “vaginoplastia” e “modulação do corpo masculino em feminino”. Os resultados das análises apontam que a proposta do cineasta foi entrelaçar ficção e realidade vislumbrando provocar tensões – estranhamentos e desconfortos – éticas e estéticas no horizonte possível e do indeterminado da experiência biotecnológica enquanto novos parâmetros para as reflexões ontológicas na atualidade.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Downloads

Publicado

2016-08-04

Edição

Seção

Temáticas Livres