Em favor do cinema indisciplinar: o caso português

Autores

  • Carolin Overhoff Ferreira UNIFESP

DOI:

https://doi.org/10.22475/rebeca.v1n2.285

Resumo

O cinema como lugar de estéticas que possibilitam um pensamento heterodoxo possui uma longa tradição. Desde o cinema mudo, filmes exploram e transgridem as fronteiras disciplinares, expondo a construção de suas ficções. Nas últimas duas décadas, esse fenômeno, evidente em cineastas consagrados como Chris Marker, Harun Farocki, Jean-Luc Godard e Eduardo Coutinho, entre muitos outros, tem sido cada vez mais discutido através do conceito de ensaio fílmico ou filme-ensaio. Partindo de uma discussão desse conceito, este artigo pretende introduzir outro, o de filme indisciplinar, e, para evidenciá-lo, traçar sua presença no cinema português. Os filmes escolhidos para testar o novo conceito são Douro, faina fluvial (1931) e Acto da primavera (1963), ambos de Manoel de Oliveira, Catembe (1965), de Faria de Almeida, e Jaime (1974), de António Reis.

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Biografia do Autor

Carolin Overhoff Ferreira, UNIFESP

Professora da UNIFESP, com pós-doutorado sênior da ECA/USP e doutorado da Universidade Livre de Berlim. É autora do livro Novas Tendências na Dramaturgia Latino- americana (Berlim, 1999) e Identity and Difference – Postcoloniality and Transnationality in Lusophone Films (Zurique/Munique/Londres, 2012), e organizadora dos livros O Cinema Português através dos Seus Filmes (Porto, 2007) e On Manoel de Oliveira (Londres, 2008).

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Publicado

2016-07-25

Edição

Seção

Temáticas Livres