O CINEMA (EM) COMUM DE MORRO DO CÉU

Autores

  • Scheilla Franca de Souza

DOI:

https://doi.org/10.22475/rebeca.v4n2.208

Palavras-chave:

Amizade, Cinema de garagem, Comum

Resumo

O objetivo deste artigo é analisar as formas de expressão do comum, sobretudo no que tange à realização compartilhada e coletiva, no/a partir do filme Morro do céu (2009), realizado por Gustavo Spolidoro. Enfatizamos com essa perspectiva, que o comum não se encontra apenas na obra, mas atravessa o filme, se relacionando diretamente com questões de produção e também recepção, mais declaradamente nos interessa observar como esse processo de realização compartilhada/coletiva se inscreve em algumas obras, e seus impactos no cinema brasileiro recente. A obra, inserida no contexto de produção do cinema independente brasileiro contemporâneo (cinema de garagem, cinema pós-indústrial, novíssimo cinema brasileiro) está em sintonia e diálogo com uma tendência estética desse perfil de produções, que se volta e são formadas pelo comum, e é aclamado e criticado pelo elogio à banalidade, à coletividade, à simplicidade, à afetividade, à transgressão dos gêneros e às formas narrativas minimalistas. Mas do que se constitui esse processo de realização comum no cinema brasileiro recente? Quais seus impactos estéticos? Como ele é reconhecido? Quais suas possíveis configurações? Quais são suas repercussões, sobretudo em termos de discussões estéticas e políticas para as obras e para o campo? Acreditamos que essa tendência, que aqui tentamos chamar de cinema (em) comum, não se encontra apenas na temática, mas na forma, na narrativa e no seu projeto como um todo, desde a produção até a recepção. Ela é fruto da dinâmica contemporânea entre sujeitos, espaços e a produção audiovisual.

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Publicado

2016-07-25

Edição

Seção

Dossiê