Memória cultural e o espaço (re)imaginado em Hóspedes da Noite, de Licínio Azevedo
DOI:
https://doi.org/10.22475/rebeca.v9n1.615Palavras-chave:
memória cultural, cinema, espaço, MoçambiqueResumo
O cinema desempenha um papel ativo na formação da nossa compreensão do passado e na definição da agenda para futuros atos de lembrança no seio da sociedade, dado que constitui um meio de memória cultural e visual sobre os países e os espaços e períodos representados. O Grande Hotel da Beira, símbolo de luxo no período colonial, é-nos apresentado em Hóspedes da noite, por dois ex-funcionários, que relembram a sua grandiosidade, enquanto, em simultâneo ouvimos os testemunhos dos novos donos que ocupam este espaço, e que reacendem a memória das deslocações forçadas e dos impactos da Guerra Civil em Moçambique. As memórias do período colonial, mesmo não sendo evocadas (não há qualquer referência ao período colonial), assomam na imagem como a emanação fantasmagórica que inscreve o então presente e eiva o futuro, fazendo com que a preocupação central personagens seja a sobrevivência.
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