Cinzelamento: da teoria letrista à prática cinematográfica de Maurice Lemaître, o caso O filme já começou? (1951)

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22475/rebeca.v6n1.451

Palavras-chave:

Letrismo, Maurice Lemaître, assincronia audiovisual, cinema de vanguarda

Resumo

O objeto deste artigo é o movimento letrista e, dentro dele, a obra teórica e cinematográfica de Maurice Lemaître. Inicia-se pelo debate das particularidades teóricas e narrativas da noção de cinzelamento, tratando-a primeiramente a partir dos escritos letristas, com ênfase aos casos da poesia e das artes plásticas. Num segundo momento, aborda-se o cinema letrista, com ênfase particular a O filme já começou? (Le film est déjà comencé?, 1951) de Lemaître. Trata-se de um filme marcado pela assincronia, que traz o “contraponto audiovisual” (EISENSTEIN, 2002; CHION, 1993) enquanto proposta teórica, mas cujos resultados audiovisuais apontam para cadeias paralelas livremente entrelaçadas, com diferentes possibilidades de paralelismos e ambiguidades entre sons e imagens. Para examinar o cinzelamento no contexto do cinema, a análise leva em conta o material audiovisual e o roteiro cinematográfico-teatral, a construção de um fora de campo vocalmente referido, bem como as sintonias ante a um “cinema sem imagens” tal como definido por Dominique Noguez (2010).

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Biografia do Autor

Fábio Raddi Uchôa, UTP - Universidade Tuiuti do Paraná

Pós-doutor em Imagem e Som pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). Doutor em Ciências da Comunicação pela Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo (ECA/USP). Atualemente é professor adjunto do PPGCom/UTP e coordenador do grupo de pesquisas Cine&Arte (CNPQ).

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Publicado

2018-05-13

Edição

Seção

Dossiê