No portal da eternidade: uma análise da cinebiografia de Vincent Van Gogh dirigida por Julian Schnabel
Crítica
DOI:
https://doi.org/10.22475/rebeca.v13n2.1018Palavras-chave:
Vincent Van Gogh, Cinebiografia, Julian Schnabel, At Eternity’s Gate (2018)Resumo
A representação de figuras históricas está presente no cinema desde a sua invenção. O pintor holandês Vincent Van Gogh (1853-1890), um dos mais proeminentes artistas do Ocidente, teve sua biografia levada às telas em diferentes períodos dos séculos XX e XXI. No início do século XXI, foi lançada a cinebiografia, No portal da eternidade (2018), escrita e dirigida por Julian Schnabel, o qual retrata os últimos dois anos de vida do pintor com uma abordagem imersiva em seus transtornos mentais e produção artística. Nesta pesquisa, será analisada a representação de Vincent Van Gogh na obra fílmica No portal da eternidade (2018), refletindo como as descobertas biográficas e a linguagem cinematográfica refletem o imaginário do século XXI sobre o pintor holandês. Como fundamentação teórica para a análise sobre a biografia serão apresentados os estudos de Levi (1989), Bourdieu (1996), Markendorf (2013) dentre outros.
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