Branco sai, preto fica, disputa sonora

Por uma escuta em diálogo com o Atlântico negro

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22475/rebeca.v13n1.1104

Palavras-chave:

Adirley Queirós, Cinema Brasileiro Contemporâneo, Paul Gilroy, Atlântico Negro

Resumo

No ano em que se completa uma década do lançamento deste filme seminal, o presente artigo promove uma leitura de Branco sai, preto fica (2014), de Adirley Queirós, em conexão com as reflexões sobre a contracultura musical diaspórica, que se distingue da episteme moderna ocidental, presente no pensamento de Paul Gilroy. Por um lado, o contato com as reflexões do autor ajuda a compreender o conteúdo político do filme. Por outro lado, o legado do pensamento brasileiro em torno da obra ajuda a complexificar a noção de Atlântico Negro, proposta pelo autor, apontando para um Atlântico Sul Negro.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Maria Del-Vecchio Bogado, Universidade Federal do Rio de Janeiro

Doutora em Comunicação e Cultura pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Professora substituta no Departamento de Expressões e Linguagens da Escola de Comunicação da UFRJ. Rio de Janeiro (RJ). Brasil.

Referências

BRANCO sai, preto fica. Direção: Adirley Queirós. Ceilândia: Cinco da Norte, 2014. Digital, 95 min, son, color.

Eduardo, Renan. Crítica de Mato seco em chamas (2022). Revista Indeterminações, 2022. Disponível em: https://indeterminacoes.com/textos/mato-seco-em-chamas Acesso em 03 abr 2024.

FREITAS, Kênia. Branco sai, preto fica (Adirley Queirós, 2014). Multiplot!, 4 abr. 2015. Disponível em: http://multiplotcinema.com.br/2015/04/branco-sai-preto-fica-adirley-queiros-2014/. Acesso em: 30 dez. 2019.

FURTADO, Filipe. Mix tape para uma guerra pouco visível. Revista Cinética, 12 jun. 2015. Disponível em: http://revistacinetica.com.br/home/branco-sai-preto-fica-brasil-2014-de-adirley-queiros/ . Acesso em: 30 dez. 2019.

GILROY, Paul. O Atlântico negro: modernidade e dupla consciência. Tradução de Cid Knipel Moreira. São Paulo: Ed. 34; Rio de Janeiro: Universidade Cândido Mendes, Centro de Estudos Afro-Asiáticos, 2001.

GILROY, Paul. “Civilizacionismo, a “alt-right" e o futuro da política antirracista: um informe da Grã-Bretanha”. Revista ECO-Pós v. 21, n. 3, 2018. Disponível em: https://revistaecopos.eco.ufrj.br/eco_pos/article/view/22525 . Acesso em: 05 mai 2024.

GUIMARÃES, César. Noite na Ceilândia. In: catálogo do forumdoc.bh 2014 – 18° Festival do Filme Documentário e Etnográfico de Belo Horizonte. Belo Horizonte: Filmes de Quintal, 2014. p. 193-206 (Impresso)

GOMES, Juliano. Fogos e artifício. Revista Cinética, 5 fev. 2014. Disponível em: http://revistacinetica.com.br/home/branco-sai-preto-fica-de-adirley-queiros-brasil-2014/ Acesso em: 30 dez. 2019.

HENRIQUES, Julian. Rhythmic Bodies: Amplification, inflection and transduction in the dance performance techniques of the ‘bashment gal’. Body & Society. v. 20, n.3-4, 2014, p.79-112. DIsponível em: https://www.researchgate.net/publication/284350873_Rhythmic_Bodies_Amplification_Inflection_and_Transduction_in_the_Dance_Performance_Techniques_of_the_Bashment_Gal Acesso em 05 mai 2024.

MARTINS, Leda Maria. Performances da oralitura: corpo, lugar, memória. Letras, (26), 63–81, 2023. Disponível em: xxx. Acesso em: xxxx.

MATO seco em chamas. Direção: Adirley Queirós; Joana Pimenta. Ceilândia: Cinco da Norte; Terratreme Filmes, 2022. Digital, 153 min, son, color.

MESQUITA, Claudia. Memória contra utopia: Branco sai, preto fica (Adirley Queirós, 2014). In: XXVI Encontro da Compós - GT Fotografia, Cinema e Vídeo, São Paulo, 2015. Disponível em: http://www.compos.org.br/biblioteca/compos-2015-1a0eeebb-2a95-4e2a-8c4b-c0f6999c1d34_2839.pdf. Acesso em: 05 mai 2024.

NASCIMENTO, Beatriz. RATTS, Alex (orgs.). Beatriz Nascimento: uma história feita por mãos negras. São Paulo: IBEP, 2003. Rio de Janeiro: Zahar, 2021.

OLIVEIRA, Luciana Xavier de. A cena musical da Black Rio: mediações e políticas de estilo nos bailes soul dos subúrbios cariocas dos anos 1970. Tese (Doutorado). Universidade Federal Fluminense, Instituto de Arte e Comunicação Social, 2016.

RAP, o canto de Ceilândia. Direção: Adirley Queirós. Ceilândia, 2005. Digital, 15 min, son, color.

QUEIRÓS, Adirley. Entrevista com Adirley Queirós – Contradição permanente: uma conversa com Adirley Queirós, por Fábio Andrade, Filipe Furtado, Raul Arthuso, Victor Guimarães e Juliano Gomes. Revista Cinética, 12 ago. 2015a. Disponível em: http://revistacinetica.com.br/home/entrevista-com-adirley-queiros/ Acesso em: 30 dez 2019.

QUEIRÓS, Adirley. Entrevista com Adirley Queirós: o historiador do futuro. [Entrevista cedida a] Amanda Seraphico com contribuição de Maria Bogado. Revista Beira, 19 out. 2015b. Disponível em: https://medium.com/revista-beira/na-manh%C3%A3-do-dia-16-de-setembro-de-2015-tive-u m-encontro-via-skype-com-adirley-queir%C3%B3s-para-d2541b63eb28. Acesso em: 29 dez 2019.

Downloads

Publicado

2024-07-02

Edição

Seção

Dossiê