Da cintilância à explosão: a intermitência luminosa como forma horrífica espetacular

Autores

  • João Vitor Resende Leal USP

DOI:

https://doi.org/10.22475/rebeca.v5n1.209

Palavras-chave:

Intermitência luminosa, Cinema de horror, Espetáculo

Resumo

Este artigo tem o objetivo de analisar a intermitência luminosa no cinema de horror. Busca-se ponderar acerca de suas funções narrativas e estéticas e de sua recorrência, e espera-se localizar suas raízes e desdobramentos no âmbito da história do cinema. Ao tomá-la como figura exemplar dentro de uma tradição do horror que se consolidou a partir da segunda metade do século XX, pretende-se estudar seus efeitos espetaculares tanto dentro da diegese quanto além da superfície da tela. Argumenta-se que as inventivas e consequentes ocorrências da intermitência luminosa no cinema de horror autorizam uma reflexão profunda sobre a postura do espectador, sobre seu olhar e sua fisicalidade, bem como sobre a configuração do próprio dispositivo cinematográfico. Essas questões serão abordadas a partir de um corpus fílmico que se pretende amplo e variado, e mobilizarão perspectivas teóricas diversas com o intuito de delinear uma arqueologia possível da intermitência luminosa, entre a cintilância e a explosão, como forma horrífica espetacular.

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Biografia do Autor

João Vitor Resende Leal, USP

João Vitor Leal é doutorando com bolsa FAPESP do Programa de Pós- Graduação em Meios e Processos Audiovisuais (USP), graduado em Jornalismo (UFMG) e mestre em Cinema (Paris-3). Sua pesquisa aborda a relação entre o narrativo e o sensorial a partir da categoria do personagem cinematográfico.

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Publicado

2016-07-31

Edição

Seção

Temáticas Livres