AUTORIA DESLOCADA E AUDIOVISUALIDADES ENGAJADAS EM "BIXA TRAVESTY"

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22475/rebeca.v10n1.699

Palavras-chave:

autoria, documentário, gênero, audiovisibilidade,

Resumo

A partir da análise do documentário "Bixa Travesty" (2018), com roteiro dos cineastas Kiko Goifman, Claudia Priscilla e da atriz e cantora travesti Linn da Quebrada, com direção dos dois primeiros referenciados, problematizamos: a ideia de espaço de autoria/espaço autoral  e o engajamento da obra fílmica em uma perspectiva implicada, notadamente em relação ao artivismo musical e às dissidências de gênero. Tem-se por pressuposto a compreensão do espaço do autor e do campo audiovisual como lugares de embate e disputas de poder; espaço este que, como aqui proposto, pode ser utilizado para percorrer um caminho de elucidação de uma possível autoria deslocada. Essa ideia de autoria deslocada, juntamente com a perspectiva de um cinema de sujeito, se daria de modo a ressaltar a potência narrativa do sujeito (re)apresentado - um caminho ético, estético e político de deslocamento de poderes. Em termos metodológicos, assumimos uma leitura expandida da produção audiovisual que considera as dinâmicas afetuais e políticas nela implicadas. Nossa chave de leitura, que é também uma perspectiva epistemológica, reconhece a centralidade do corpo na enunciação autobiográfica, na correlação com as audiências presumidas, e no próprio acionamento da materialidade fílmica.

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Biografia do Autor

Daniel José de Castro Silva Zacariotti, Escola Superior de Propaganda e Marketing

Mestrando em Comunicação e Práticas de Consumo (ESPM-SP), bacharel em Artes Cênicas (UnB) e em Comunicação Social (UCB). Tem desenvolvido projetos relacionados à disseminação de novas narrativas voltadas à dissidência de gênero, tendo nos curtas Trans-Formação e Me Falta Tempo para Celebrar Teus Cabelos atuado como diretor. Pesquisa corpo, documentário, gênero e audiovisual em Linn da Quebrada. Bolsista CAPES PROSUP/Taxa.

Rose de Melo Rocha, Escola Superior de Propaganda e Marketing

Cientista da comunicação e professora universitária, é titular do Programa de Pós-graduação em Comunicação e Consumo (PPGCOM-ESPM). Lidera o grupo de pesquisa CNPq JUVENÁLIA, discutindo culturas juvenis, questões estéticas, raciais e de gênero. É uma das fundadoras do GT CLACSO Infancias y Juventudes, compondo atualmente a Coordenação Ampliada e a Equipe de Comunicação. É bolsista produtividade em pesquisa do CNPq, estudando os artivismos musicais de gênero na cidade de São Paulo. Doutora em Ciências da Comunicação pela USP, fez estágio pós-doutoral em Antropologia pela PUCSP. Desenvolve atualmente seu segundo estágio pós-doutoral em Ciencias Socialies, Niñez y Juventud  pela CLACSO, estudando o protagonismo e as políticas de audiovisibilidade de Jup do Bairro e Linn da Quebrada.  

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Publicado

2021-08-20

Edição

Seção

Dossiê