AUTORIA DESLOCADA E AUDIOVISUALIDADES ENGAJADAS EM "BIXA TRAVESTY"
DOI:
https://doi.org/10.22475/rebeca.v10n1.699Palavras-chave:
autoria, documentário, gênero, audiovisibilidade,Resumo
A partir da análise do documentário "Bixa Travesty" (2018), com roteiro dos cineastas Kiko Goifman, Claudia Priscilla e da atriz e cantora travesti Linn da Quebrada, com direção dos dois primeiros referenciados, problematizamos: a ideia de espaço de autoria/espaço autoral e o engajamento da obra fílmica em uma perspectiva implicada, notadamente em relação ao artivismo musical e às dissidências de gênero. Tem-se por pressuposto a compreensão do espaço do autor e do campo audiovisual como lugares de embate e disputas de poder; espaço este que, como aqui proposto, pode ser utilizado para percorrer um caminho de elucidação de uma possível autoria deslocada. Essa ideia de autoria deslocada, juntamente com a perspectiva de um cinema de sujeito, se daria de modo a ressaltar a potência narrativa do sujeito (re)apresentado - um caminho ético, estético e político de deslocamento de poderes. Em termos metodológicos, assumimos uma leitura expandida da produção audiovisual que considera as dinâmicas afetuais e políticas nela implicadas. Nossa chave de leitura, que é também uma perspectiva epistemológica, reconhece a centralidade do corpo na enunciação autobiográfica, na correlação com as audiências presumidas, e no próprio acionamento da materialidade fílmica.
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