Perder a mãe: uma jornada pela rota atlântica da escravidão, por Saidiya Hartman

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22475/rebeca.v11n2.902

Palavras-chave:

Escravidão, Arquivos, Diáspora, História

Resumo

A partir de um mergulho na história do comércio atlântico de escravos[1], saindo de Gana para as Américas, Saidiya Hartman tenta preencher as lacunas da história africana, afro-americana e de sua própria família, numa “fabulação crítica” construída a partir dos silêncios, da falta de arquivos e de sua experiência vivendo em Acra, capital ganense, no fim dos anos de 1990. Perder a mãe: uma jornada pela rota atlântica da escravidão investiga a paisagem ganense, o oceano Atlântico e as ruínas do período da escravidão como arquivos possíveis, refletindo também sobre o mito do pertencimento, sobre ter o “próprio parentesco, o próprio país, a própria identidade negados” (p. 108).

[1] Repete-se a palavra “escravo” que a autora utiliza, seguindo decisão editorial e de tradução, conforme nota explicativa no prólogo do livro.

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Biografia do Autor

Patrícia Cunegundes Guimarães, Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro

Doutoranda em Comunicação pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro – PUC-Rio. Mestra em Comunicação pela Universidade de Brasília – UnB. Integrante do grupo de pesquisa O documental no cinema e nas interfaces audiovisuais: imagens em disputa (IMADIS).

Referências

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Publicado

2023-01-30

Edição

Seção

Resenhas, Críticas e Traduções