Perder a mãe: uma jornada pela rota atlântica da escravidão, por Saidiya Hartman
DOI:
https://doi.org/10.22475/rebeca.v11n2.902Palavras-chave:
Escravidão, Arquivos, Diáspora, HistóriaResumo
A partir de um mergulho na história do comércio atlântico de escravos[1], saindo de Gana para as Américas, Saidiya Hartman tenta preencher as lacunas da história africana, afro-americana e de sua própria família, numa “fabulação crítica” construída a partir dos silêncios, da falta de arquivos e de sua experiência vivendo em Acra, capital ganense, no fim dos anos de 1990. Perder a mãe: uma jornada pela rota atlântica da escravidão investiga a paisagem ganense, o oceano Atlântico e as ruínas do período da escravidão como arquivos possíveis, refletindo também sobre o mito do pertencimento, sobre ter o “próprio parentesco, o próprio país, a própria identidade negados” (p. 108).
[1] Repete-se a palavra “escravo” que a autora utiliza, seguindo decisão editorial e de tradução, conforme nota explicativa no prólogo do livro.
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Referências
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