A luz no cinema, Fabrice Revault d´Allonnes
DOI :
https://doi.org/10.22475/rebeca.v10n1.612Mots-clés :
cinema, iluminação, fotografiaRésumé
Encontra-se aqui a tradução do primeiro capítulo do livro La lumière au cinéma (1991), do teórico francês Fabrice Revault d’Allonnes. Neste livro, o autor desenvolve uma reflexão teórica sobre a questão da iluminação no cinema, elencando seus diferentes regimes e suas diversas funções. Ele também retraça um panorama histórico da direção de fotografia, assinalando as diversas inovações decorrentes de mudanças tecnológicas ou estilísticas. Inédito em língua portuguesa, o livro é uma referência para os estudos de direção de fotografia. Neste primeiro capítulo aqui traduzido, Revault cunha dois conceitos para a análise da luz no cinema: o de “iluminação clássica” e o de “iluminação moderna”. Se o autor inscreve essas noções em um quadro histórico em que esses tipos de iluminação emergem, ele, no entanto, não as restringe a determinados períodos da história do cinema. Esses conceitos dizem respeito, antes de tudo, à possibilidade de significar ou não através da luz. Para o autor, a luz clássica é aquela expressiva, dramatizada, teatral, metaforizada, que carrega luminosamente um sentido pleno e transparente em conflito com o mundo. Nesse primeiro regime, faz-se falar a luz, expressa-se através dela. Por outro lado, é a luz moderna que, como argumenta o autor, possui uma essência documental, inexpressiva, não dramatizada, recusando-se a produzir sentido e indo ao encontro, dessa forma, da insignificância da luz no mundo e de seu caráter absurdo. Trata-se de uma reflexão sobre as possibilidades de produção de sentidos através da luz no cinema que possui, ainda hoje, grande relevância.Téléchargements
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2021-08-20
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Compte rendu et Traductions
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