A construção de diálogos em Wes Anderson
DOI :
https://doi.org/10.22475/rebeca.v12n2.953Mots-clés :
Wes Anderson, O Grande Hotel Budapeste, Diálogo , AtuaçãoRésumé
O objetivo deste artigo é entender a construção de diálogos do filme O Grande Hotel Budapeste (The Grand Budapest Hotel, 2014), do diretor Wes Anderson. Analiso o ritmo dos diálogos dos personagens, principalmente a interação entre M. Gustave H. e Zero. O meu intuito com este artigo é a análise estilística do som como ferramenta de controle de ritmo através do diálogo. O método de análise fílmica focado nos diálogos dos personagens pode ajudar a fornecer ferramentas de análise de atuação. Para a análise dos diálogos, uso duas abordagens: uma proposta por Lea Jacobs (1998), de contagem de palavras por segundo, e outra proposta por Débora Regina Opolski (2018), do estilo da voz falada no cinema de ficção. Como resultado, o artigo aponta que Anderson trabalha os diálogos dos seus filmes de forma artificiosa e inverossímil.
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