Sobre a colonialidade do pensamento em imagens e a reinvenção da negritude no Fespaco: maior festival de cinema africano
DOI:
https://doi.org/10.22475/rebeca.v5n2.384Palavras-chave:
Cinema Negro, Teoria Decolonial, Autorrepresentação, Pan-AfricanismoResumo
Desde 1973, acontece em Burkina Faso, África Ocidental, o Festival Pan-Africano de Cinema e Televisão de Ouagadougou (FESPACO). Trata-se do maior e mais antigo evento audiovisual que ocorre em África, incluindo a exposição, premiação e discussão de filmes produzidos em todo o continente africano e seus territórios diaspóricos. Tal evento-ritual foi concebido por líderes burkinabés da revolução anticolonial dos anos 1960, que perceberam no cinema uma forma de luta e libertação. A manutenção de um festival tão grande se justifica, segundo organizadores do FESPACO, em função da enorme necessidade que os países africanos sentem de desconstrução das imagens e memórias produzidas pelo sistema-mundo colonial capitalista sobre a África e suas populações. Imaginário perpetrado diante do perverso e sólido legado afetivo e sensorial criado pelo sistema colonial. Portanto, neste artigo, apresento a discussão que venho desenvolvendo desde 2014, como projeto de pesquisa de doutorado em Sociologia do Cinema, na qual investigo o papel do FESPACO no processo de fortalecimento de um cinema africano que se propõe a descolonizar representações e discursos produzidos sobre o continente.
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