Cinema queer brasileiro ou as veias abertas da política da imagem
DOI :
https://doi.org/10.22475/rebeca.v9n2.685Résumé
Proponho, neste ensaio, refletir sobre como alguns filmes queer brasileiros contemporâneos nos levam a deixar de lado as perspectivas logocêntricas ocidentais e as políticas de representação a fim de compreender os cinemas queer enquanto operações da política da imagem. Aproprio-me, então, da ideia de política da imagem do historiador e filósofo Jacques Rancière para sugerir que: 1) a política em filmes queer é possível de ser verificada, sobretudo, na sua eficácia estética de cunho dissensual; 2) as relações entre estética e política, engendradas por filmes queer contemporâneos, se desvencilham do paradigma de “cinema político” que nos foi herdado do cinema brasileiro moderno, mais especificamente do Cinema novo; e 3), a produção contemporânea de filmes queer nacionais constituem uma cena polêmica que provoca um dano no visível e no dizível das cenas consensuais, as quais, durante muito tempo, enquadraram “o Brasil” a partir de uma macropolítica situadamente branca, cisgênera, heterossexual e de classe média.
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