Entre fotografia e cinema: Ruy Santos e o documentário militante no Brasil dos anos 1940

Autores

  • Maria Teresa Bastos
  • Maria Guiomar Ramos

DOI:

https://doi.org/10.22475/rebeca.v2n1.70

Palavras-chave:

Cinema militante – fotografia – comunismo – arquivo

Resumo

Ruy Santos (1916-1989), fotógrafo e cineasta, dirigiu filmes de ficção e documentários, é um dos expoentes do cinema militante de esquerda brasileiro, surgido nos anos 1940, permitindo o cruzamento explícito entre cinema e ideologia que, de alguma maneira, antecipou e contribuiu para a exponência do cinema engajado posterior. Carioca e comunista, Ruy Santos tem um grande atuação também como fotógrafo. Foi preso pela Polícia Política Brasileira em 1948 e teve a maior parte de sua produção fotográfica apreendida, material que se encontra preservado hoje pelo Arquivo Público do Estado do Rio de Janeiro. Já no início de seu percurso profissional funda, em 1945, com Oscar Niemeyer e João Tinoco de Freitas, uma produtora ligada ao Partido Comunista Brasileiro, a Liberdade Filmes, produzindo três documentários: Comício: São Paulo a Luís Carlos Prestes, (1945), Marcha para a democracia, (sobre as viagens de Prestes pelo Brasil) (1945) e 24 anos de luta, (sobre a história do PCB) (1947). O primeiro deles é motivo de análise deste artigo.

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Publicado

2016-07-25

Edição

Seção

Dossiê