Divisões e confrontos do campo cinematográfico brasileiro em tempos de Ancine (2006-2017)
DOI:
https://doi.org/10.22475/rebeca.v12n1.919Palavras-chave:
Cinema Brasileiro, Diretores de Cinema, Estado, Pierre BourdieuResumo
O artigo propõe um mapeamento das divisões do meio cinematográfico brasileiro entre 2006 e 2017, a partir de pressupostos teóricos ligados ao pensamento de Pierre Bourdieu, com destaque para o conceito de campo. O período foi de intensa atuação da Agência Nacional de Cinema (Ancine) – cujo diretor-presidente era Manoel Rangel -, o que resultou em forte crescimento da produção de filmes no país, bem como na incorporação à atividade de grupos sociais antes pouco ou nada representados. Partindo de um recorte que privilegia diretores e diretoras de longa-metragem, busca-se compreender a lógica que regeu os conflitos do campo cinematográfico. A hipótese de trabalho proposta é que o campo se dividiu no período em quatro grupos: a) Cinema Comercial; b) Cinema de Autor; c) Cinema de Vanguarda; d) Cinema de Lutas Identitárias. Os conflitos entre os grupos têm por fim tanto objetivos simbólicos, ligados ao reconhecimento no interior do próprio campo e fora dele, como também objetivos políticos, ligados à manutenção ou à ampliação das condições de produção, em especial pela influência junto ao aparato estatal – dado que o cinema brasileiro, no seu conjunto, é extremamente dependente do Estado.
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